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sábado, 1 de junho de 2013

Azenha vai ao ponto (E eu concordo!)

Dia desses um ex-ministro de Lula me falava sobre a ojeriza inicial da presidente Dilma pelos movimentos sociais. Combina com o estilo deixa-que-eu-chuto dela, que privilegia decisões de bastidores, mais rápidas e "eficientes". Esse estilo é o que permite que a Kátia Abreu tenha no governo o poder equivalente ao da CUT, se não maior. 
Enquanto isso, aqui na base militantes do PT usam bordões para bloquear o debate político: Marina Silva é "eco-chata", Eduardo Campos é "traíra", o PSOL foi tanto à esquerda que acabou na direita. São argumentos rasteiros, brandidos para desqualificar a priori as críticas feitas aos governos do PT. Empobrecem a política. Evitam que sejam discutidas questões de fundo. Permitem que críticas sejam descartadas de forma automática. 
Compreendo que o cerco midiático coloque o PT na defensiva, mas o comportamento de "seita" não é compatível com a trajetória do partido, marcada pelo incentivo ao debate e às críticas. 
A não ser que o PT esteja se tornando apenas um veículo eleitoral e que a riqueza de opinião dos movimentos sociais, antes valorizada, tenha se tornando inconveniente para quem governa com Gerdau, Kátia e Sarney.

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