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quinta-feira, 19 de março de 2015

Médico condenado por abuso sexual de pacientes em Caxias-RS vai continuar atuando após 30 dias de suspensão

Olha só isso... Queria ver eles usando com o médico abusador o mesmo rigor que empregam contra o Mais Médicos


via Rádio Caxias


O médico traumatologista Paulo dos Santos Dutra, condenado pela Justiça em novembro do ano passado, após comprovação da prática de abuso sexual de uma paciente, vai continuar atuando na profissão após sanção disciplinar de 30 dias. O anúncio foi feito em edital publicado pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (CREMERS) nesta sexta-feira (13).

Dutra foi condenado a três anos de prestação de serviços comunitários, após denúncia de uma vítima ao Ministério Público, em março de 2010. Conforme o relato da paciente, o médico a molestou depois de pedir que ficasse de costas, debruçada sobre uma mesa, com o pretexto de observar a coluna. Após aplicar uma espécie de anestésico na genitália, Dutra imobilizou a paciente e disse que iria fazer uma inspeção na coluna, a partir da introdução de um instrumento na genitália. A vítima relatou ainda que, após sentir muita dor, conseguiu se desvencilhar e percebeu que o médico estava a molestando sexualmente, pois estava com as calças e cuecas baixadas. Exames de DNA comprovaram a existência de vestígios de esperma dele nas roupas íntimas da vítima.

Questionado se o caso não seria passível de cassação permanente do registro profissional, o presidente do Cremers, Fernando Weber Matos, disse que não. Apesar de admitir que o caso é de extrema gravidade, afirmou que a decisão do Conselho foi coletiva e buscou dar uma "chance de regeneração" a Dutra.

Matos também reconhece o risco de reincidência do médico no mesmo tipo de crime. Para ele, a possibilidade do médico abusador repetir o crime é a mesma de qualquer criminoso que tenha cumprido pena por homicídio. Matos entende que, a partir de agora, a sociedade deve ajudar a fiscalizar as atividades do médico.

Paulo dos Santos Dutra chegou a ficar preso dois meses, entre março e maio de 2010, mas depois passou a responder o processo em liberdade.

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