Páginas

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Texto oportuno em tempos de obscurantismo no Ministério da Saúde: "O aborto há 83 anos na União Soviética"

“(...), considerava-se seriamente se nova introdução da proibição do aborto não colocaria um paradeiro ao aumento de abortos. 

O comissário do povo Iefimov achou que o aborto “significava um trauma biológico e psíquico tão óbvio para o organismo feminino que dispensava provas”. Apesar disso, ante uma proibição do aborto o considerava o mal menor. Na verdade, o aborto criminoso, a cujo combate se destinavam todos os esforços, pelo menos não havia morrido. 

Iefimov aderiu à opinião de Selinsky: Com a proibição do aborto não se diminuiria o número dos abortos, mas apenas se relegaria o aborto “novamente ao segredo”. 

Disse ainda: “As condições de vida sócio-econômicas e a elevação do nível cultural exigem irrefutavelmente uma limitação da natalidade.” “O que é melhor”, perguntava-se, “um comportamento humanitário perante os não-nascidos ainda e com isso um peso a mais para família de hoje ou o controle da natalidade?” 

A resposta de Iefimov foi correta: “A exigência da vida é mais forte do que as considerações humanitárias. As condições da atualidade determinam assim que uma proibição do aborto não pode entrar em cogitação.”

no congresso de Kiev, 1932.

REICH, Wilhelm (1897-1957). A revolução sexual. Tradução de Ary Blaustein. 4 ed. RJ: Zahar editores, 1977. p.239. Controle da natalidade e homossexualidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário